FIM DA LIBERDADE
Deslumbrante surge o sol,
no raiar de um novo dia,
e entre o verde das planícies,
riacho de águas límpidas
percorre terras sem fim.
Florestas verdes, imensas,
Palco da grande alegria
dos concertos matinais,
onde pássaros de beleza sem par,
com seus cantos e chilreios,
traduzem toda a alegria
de viver em liberdade.
Liberdade que o homem,
sem pensar nas consequências,
aos poucos vai destruir,
construindo cativeiros,
destruindo as matas,
poluindo os rios
numa avidez total.
Na tristeza do crepúsculo,
árvores caídas, sem vida,
castelos de alegria outrora,
restam apenas montes caídos
transformados em carvão.
E os pássaros que ali cantavam
calados no cativeiro,
aos poucos irão morrer.
Acabou-se a liberdade,
acabou-se a alegria
dos concertos matinais.
Porque o homem, ser malvado,
inimigo de si mesmo,
derrubando as florestas,
poluindo os rios,
destruindo a própria vida,
modificou a natureza.