VISÃO
Há uma visão,
Há um vazio na parede do tempo...
Há visão,
De uma paisagem, tão longínqua,
Tão perto...
Admiro mesmo
Incerto...
Aperta,
Alerta, dissolve meu eu,
Envolve e transpõe
Tudo que me protegia,
E nesta noite, sentindo tal agonia,
Não sei se canto
Ou apenas ouço esta sinfonia...
Há uma visão,
Que agora, já embaçada,
Veio do nada
E acho que sempre esteve lá...
Não ando,
Não corro,
Não sei nem mesmo ficar
Ou o que pensar;
Desejar...?
Me confunde,
Se morro rápido ou não,
Não sei, e se poderei renascer
Nesta visão de anoitecer...
Como estar sem nunca ser?
Israel®