CINCO ANOS APENAS
Certa vez pedi ao Bom Deus
Quando me sentia inquietante
Que me concedesse apenas
Cinco anos de vida fluente
Fazer coisas contrárias, talvez
Ao seu grande e certo plano.
Conduzida pela mão do Pai,
Apresentei-me a ti, amigo,
Prezado professor Arimathéa.
Reencontrei-me nos meus caminhos
E, como passe de mágica,
Passaram-se meus cinco anos.
Foste para a eternidade.
Certamente que não te ouvirei
Alimentar-me-ei de tua essência.
Quem corrigirá meus erros analíticos
E porá minhas vírgulas
Nos seus devidos lugares?
Serão cartas sem respostas
Expectativas silenciosas
E saudades indescritíveis.
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Do livro “Caminhos Mais”, Edição da autora, Teresina, 1995, página 31.
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