Cadáver

Depois da caçada

sinto que não está mais

ao meu lado.

O sangue corre

e a pele fervente mostra

o que foi dilacerado.

Enquanto se vai

longe consigo enxergar

o cadáver que foi isolado

Do resto de todos,

por ter um vírus

que não foi erradicado.

E você insiste,

Insiste em tentar

curá-lo.

O corpo se fora,

a vida fugia

enquanto seus olhos

haviam se fechado.

Entenda, meu caro:

Não há cura para aquilo

que já foi esquartejado.

Enquanto a dor consome

de saudades

o seu quarto

se fecha em meio ao resto,

tornando todos

meros espaços

vazios.

E a falta que faz

aquele corpo empoeirado

me faz perceber...

Você fora infectado.

Giulia Dohoczki
Enviado por Giulia Dohoczki em 16/01/2011
Código do texto: T2731959
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.