Cadáver
Depois da caçada
sinto que não está mais
ao meu lado.
O sangue corre
e a pele fervente mostra
o que foi dilacerado.
Enquanto se vai
longe consigo enxergar
o cadáver que foi isolado
Do resto de todos,
por ter um vírus
que não foi erradicado.
E você insiste,
Insiste em tentar
curá-lo.
O corpo se fora,
a vida fugia
enquanto seus olhos
haviam se fechado.
Entenda, meu caro:
Não há cura para aquilo
que já foi esquartejado.
Enquanto a dor consome
de saudades
o seu quarto
se fecha em meio ao resto,
tornando todos
meros espaços
vazios.
E a falta que faz
aquele corpo empoeirado
me faz perceber...
Você fora infectado.