As curvas (II)
Correm os rios em serpentinas descontroladas,
Pela solidão das matas,
No silêncio dos fantasmas...
As flores silvestres,
Que alimentam macacos,
Olham-nos assustadas...
Assim, são também os meus anseios,
As minhas dúvidas e meus medos.
Quantas vezes perdi-me
Nas curvas da vida,
Chegando a perder o sentido de direção...
Ao bradar minha consciência,
Já não mais silenciosa,
Ouço alertas de impaciência,
Que, que como as flores silvestres,
Assusta-se e se amedronta.
Não adianta querer recuar!
Só se vê flores sem jardim,
Em buquês mercenários...
São as ações do desequilíbrio...
Tarcísio Ribeiro Costa