As curvas (II)

Correm os rios em serpentinas descontroladas,

Pela solidão das matas,

No silêncio dos fantasmas...

As flores silvestres,

Que alimentam macacos,

Olham-nos assustadas...

Assim, são também os meus anseios,

As minhas dúvidas e meus medos.

Quantas vezes perdi-me

Nas curvas da vida,

Chegando a perder o sentido de direção...

Ao bradar minha consciência,

Já não mais silenciosa,

Ouço alertas de impaciência,

Que, que como as flores silvestres,

Assusta-se e se amedronta.

Não adianta querer recuar!

Só se vê flores sem jardim,

Em buquês mercenários...

São as ações do desequilíbrio...

Tarcísio Ribeiro Costa

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 15/01/2011
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