Não há mais sol
Poesias? O Rio agradece
Mas o Rio precisa de sangue e vida
A poesia nada pode fazer agora, porque não é hora.
A poesia pode esperar
É preciso tirar a lama do corpo
Purificar as águas
Reconstruir,
Recompor os espíritos
É preciso repatriar a vida
Trazer o ar puro das montanhas
Após o enterro dos cadáveres
(Muitos deles ainda empilhados em nossas almas)
A morte deu seu grande show
E se divertiu as pamparras
Em cima da falta de previdência
Agora ela dança no meio dos destroços, vitoriosa
Nós a olhamos impotentes
O Rio a olha impotente sob paus, pedras e lama
A impotência é agora o pior dos sentimentos
O Rio precisa agora mais de solidariedade do que de preces
De mais ações do que palavras
Mandemos algum dinheiro, víveres e roupas,
Nem pensem em culpar a natureza
A culpa é só do ser humano
Que precisa ser freado em seu instinto desumano
Além de limpar as ruas e casas
É preciso limpá-los, transformá-los também
E plantar flores para os mortos
Muitas flores
Onde for possível!!
Poesias? O Rio agradece
Mas o Rio precisa de sangue e vida
A poesia nada pode fazer agora, porque não é hora.
A poesia pode esperar
É preciso tirar a lama do corpo
Purificar as águas
Reconstruir,
Recompor os espíritos
É preciso repatriar a vida
Trazer o ar puro das montanhas
Após o enterro dos cadáveres
(Muitos deles ainda empilhados em nossas almas)
A morte deu seu grande show
E se divertiu as pamparras
Em cima da falta de previdência
Agora ela dança no meio dos destroços, vitoriosa
Nós a olhamos impotentes
O Rio a olha impotente sob paus, pedras e lama
A impotência é agora o pior dos sentimentos
O Rio precisa agora mais de solidariedade do que de preces
De mais ações do que palavras
Mandemos algum dinheiro, víveres e roupas,
Nem pensem em culpar a natureza
A culpa é só do ser humano
Que precisa ser freado em seu instinto desumano
Além de limpar as ruas e casas
É preciso limpá-los, transformá-los também
E plantar flores para os mortos
Muitas flores
Onde for possível!!