Exorcizando fantasmas
Exorcizando fantasmas
Cultivei jardins para que as borboletas
Voltassem alegres, coloridas e serelepes
Havia flores belas e perfumadas
A grama verde como nunca se viu
Preparei um belo banquete
Com temperos picantes e afrodisíacos
Todo em cores e aquele sabor agridoce
Mas quem esperava não veio
Por não mais existir o querer
Ou por ter se perdido
Em teu pequeno mundo particular
Perdi-me em memórias alopradas
Nas linhas deixadas por Cervantes
Vagando na estrada de tijolos amarelos
Então parei e me feri
Em meio à briga de Zorro e sargento Garcia
Alucinado busquei respostas
Foram as borboletas que me trouxeram
A maldita verdade, nua e crua
Sem deuses, sem sonhos
Não mais voltaria
Perdeu-se em meio aos fantasmas.