SOLIDÃO
Muitas vezes medito calmamente:
Horas, dias, noites insones,
Quando, sozinha, no meu leito, tristemente,
Afogo saudades e, nos meus lábios, um nome.
Desse nome, vêm à tona lembranças
Dos tempos idos em que outrora sonhava.
Na expectativa de tê-lo, com esperança,
Para aplacar o tédio, a Deus implorava.
Eis que, por não merecer essa atenção,
Quedo-me a sonhar vagamente.
Nas trevas da minha assídua solidão
Procuro desabafar meu ser ardente.
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Do livro “Caminhos Mais”, Edição da autora, Teresina, 1995, página 25.
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