LEVEZA
Pluma bailarina
que flutua
entre a sombra e a luz,
a palavra nua dança
na tela branca,
não dita.
Cintila
como a lágrima
não chorada ,
pendurada no olhar
de uma lembrança
proscrita.
Solta,
borboletinha mansa,
seduz.
Presente ausente
na insustentável solidão,
um poema incita.
Leve
como um fio de seda
baila e tece.
E a saudade, muda e queda,
de repente
aparece. Bonita.
Lina Meirelles
Rio, 13.01.11