O FIM.
Acho duro, sim
(Duro) que assim o seja
Que ora, sem grande peleja
O mundo vá se acabando
Desmoronando, =(
Informando-se de seu próprio fim
Como se um rolo abissal por fim viesse e
passasse babando por cima de tudo,
indiferente ao que vai matar
Sem perguntar nada.
...Duro
De arrancar os cabelos
Os olhos, os braços, os cotovelos
E comê-los todos, sem tempero
Na porta da Igreja
Sob os olhos tolos
de um Deus-cereja invejoso e "culpado"
...E não somente por sermos sós no mundo
Em conjunto, mas sós em conjunto
Não por sermos sós, no fundo
Não por sermos só nós
Sós
Ciosos ou receosos do outro
Por isto estar torto e escrito assim
Torto por linhas retas
Nem somente por sermos os supostos reis e réus infiéis do reino-mundo
Mas só porque perdemos, ou vós perdeis, o pensamento profundo
...Mas também, como detê-lo…?
(Se tudo isto está tão além de nós…)
É duro
Duro que assim tenha sido
E que agora, tão pouca libido
E tão pouco sentido
Procuremos sono
Busquemos colo
Consolo
Como detê-lo…?
Ou como... pará-lo
O mundo é falho
Fálico
Muitas dores, ciscos
Pedradas, malhos
Retalhos bélicos
Dores, tremores, horrores
Razão é melhor que bala, (de açúcar)
Mas onde encontrá-la --
...Ou quem vai cantá-la…?
Eu posso avis(t)á-los
Em versos recitá-lo
Cantá-lo, inclusive
Mas arte não é pão
E o que fará,
Senão gerar medo
E escuridão, nos corações
Mandando os seus a direções estranhas
Movidos por vis artimanhas
Como fossem as próprias crias do caos...?
Sem ciência senão as "avós"
Reféns de crenças sem nós, a 40.000 pés do coração
Está além de mim
Além de ti, de vós,
Está além, enfim, do que é tão próprio a nós.
Às crianças, leite materno
Às mulheres, casa e chocolate
Aos homens, sexo e combate.