Outro lado, outro mundo.



Sou do outro lado do mundo
Em silêncio, sou mudo e observo
Do lado escuro vejo pobres almas
ofuscadas pela luz falsa da farsa
que suga sua energia já cadavérica

Do lado contrário, não preciso usar máscara
Obrigado fui a observar monstros quiméricos
Que se escondem atrás de feições cerâmicas e polares

Do outro lado do mundo
Está talvez um motivo para respirar
Reside o mais puro ar,
inundado tristemente pela imundície

Dos dedos de inveja em riste
que teimam em apontar
O inocente e talentoso solista,
que sozinho ascendeu ao topo.




Sou de um lado do mundo (do outro).
O lado de anjos augustos e caídos
no húmus onde jaz o verme
trabalhador nobre e pobre,
Livre de pensamentos imundos.