Lá se foi a Poesia

O penar rebelou-se, debandou,

Nas paginas viradas e reviradas,

Escritas e faladas, de uma vida.

Livre e sem mordaça, revelada!

No fio da espada afiada, a olhar,

Em urgência que a noite inflama,

Retorcendo-se em grande insônia,

Deixando desvalida a vida humana!

Inferindo o mortal golpe de amor

Flagelando seu pesado fardo doído

Ladeado o coração bandido, doido,

Escapou ferido, libertando o vivo!

Deixando um rastro vexado, tímido,

Sem dó, descartou a tristeza sem rumo,

Aprumado seguiu seu caminho, vazio,

Sem destino nem baú, ínfimo!

Maria Jose
Enviado por Maria Jose em 13/01/2011
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