Lá se foi a Poesia
O penar rebelou-se, debandou,
Nas paginas viradas e reviradas,
Escritas e faladas, de uma vida.
Livre e sem mordaça, revelada!
No fio da espada afiada, a olhar,
Em urgência que a noite inflama,
Retorcendo-se em grande insônia,
Deixando desvalida a vida humana!
Inferindo o mortal golpe de amor
Flagelando seu pesado fardo doído
Ladeado o coração bandido, doido,
Escapou ferido, libertando o vivo!
Deixando um rastro vexado, tímido,
Sem dó, descartou a tristeza sem rumo,
Aprumado seguiu seu caminho, vazio,
Sem destino nem baú, ínfimo!