Sentidos....
O meu choro foi baixinho,
Sem som, a lágrima caiu sem
Molhar o rosto da minha calma,
O verde virou um Louva-Deus,
Que virou uma folha em branco,
Veio o sentimento vago sem dor,
Sinto que feri meus desejos sem
Passar a mão no meu peito, solidão.
Sinto que pequei num sonho distante,
Onde a onda dos mares levou você,
Sem nem saber do que foi feito as
Palavras ditas no altar dos meus
Sentidos. Volto a procurar por uma
Resposta que não tem lógica, não
tem rimas. O meu peito sangra
Saudades de versos bem escritos.
A beleza da noite estrelada existe
num mistério que os deuses não traduzem
em uma só folha, mas têm as letras jogadas
em tempestades de ressentimentos vindo do
Coração. Paz? Quero paz nos meus pensamentos,
Nas minhas buscas pelo perfeito. Sigo um
Rumo que só minh’alma transcorre num tempo,
Que são só meus! Que não existam caminhos sem verdade.
Docemente vou procurando meus pedaços no chão e
Juntados cada frase carregada de verdades, surgindo
O perdão que vem acompanhado de aflição. Vigio cada
Passo da minha vida nas pegas feitas na areia onde piso,
Sinto o frescor da leve brisa a tocar nos meus cabelos,
A suavidade da água onde banho o meu corpo sedento
Dores vindas do meu peito fragmentado por sentimentos
Desumanos que tracei aqui para acompanhar a minha solidão.
Busco sabedoria para aguentar os passos torto e cheio
De amor e lucidez ao enxergar o perfeito por entre os olhos,
Viver cada momento procurando um só pensamento, que é
ser feliz, aceitar a bifurcação que foi imposta pelo tempo.
Vejo a claridade das suas mãos acenando em direção do vento,
Vejo a transpiração do seu corpo ao ser tocado pela alma pura.
Olho seus olhos, seus cabelos, sua pele sinto um frescor de erva
para acalmar meus dias e minhas noites sem ti. Sem seu amor.
Docemente vou encontrar minha paz.