A SANTA CEIA
Finalmente estou em casa.
Abro a conhecida porta
Que sempre me separa das cenas e das pessoas.
Os sapatos,
Ainda carregam os sons da metrópole nervosa
E nas roupas,
As paisagens dela coladas como sêlos.
Olho em volta
Um cheiro bom de família me acalma.
Me sinto protegida.
No meio da sala de jantar
A mesa,
Que já comporta o gosto da comida
E os meus.
De todas,
Apenas uma cadeira vazia
Me sorri,
Como quem esperava meu retorno
Para completar a Santa Ceia.