O POÇO DAS ALMAS
Quando mergulho em ti
os olhos são dois cristais
de espanto sôfrego.
A água do mundo
no fundo
é trama que adverte
vertente insensata:
todo o (a)mar é festa.
A mística costura rara,
o darma, o carma,
sêmen,
a lua esparsa na cara.
Na visão crística
mítica
somos mais de um
em riste
o todo triste.
Ali o reinado do verbo
em busca da luz.
– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 110. Poema reformado.
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