O POÇO DAS ALMAS

Quando mergulho em ti

os olhos são dois cristais

de espanto sôfrego.

A água do mundo

no fundo

é trama que adverte

vertente insensata:

todo o (a)mar é festa.

A mística costura rara,

o darma, o carma,

sêmen,

a lua esparsa na cara.

Na visão crística

mítica

somos mais de um

em riste

o todo triste.

Ali o reinado do verbo

em busca da luz.

– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 110. Poema reformado.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2725695