Quanto vale...

O olhar profundo e findo... Quanto valem as lágrimas derramadas?

Ainda brinco com o lápis em movimento... A água banha o encontrar dos tempos.
O dia passa depressa...Corrente secreta.
O encostar não será o do meu peito... Quantas mãos circularam na fronte e sem controle avesso?
O Amor encontra a forma delicada... O enrolar-se em todas as mechas dos cabelos... O acrescentar melodia, onde sangra a face.
Não sou pétala... Sou visgo e tato...
Sabe aquela história do poço atijolado?... Eu escorregava para pegar em concha a minha mina d'água.
Faço ainda... Farei para sempre... Resgatar das forças o teu gole de ar.
Conquistei tanto... Consquistei nada...
O que levamos dessa vida?... Nunca...
Ainda brinco com os anéis dos meus cabelos.
Nada muda... Apenas espero o valer de cada passo.
Quanto vale saber que a vida tem alto preço?... Não chores tu pelo que foi escolha... Por chorar eu tanto... Deixa que eu faça, aprendi a rasgar o peito primeiro. Morro todos os dias... Num Amor humano e humanitário.
Acorde-me, quando chegar a hora a tua chegada... O sorriso estará guardado.
Movi-me para tão longe... Molhei os pés e a face... Não há como mudar o nó do laço... Aguardo.
Quanto vale fazer com que os outros sejam felizes?... Diz-me, Céu... Eu faço!



20:27

Nadia Rockenbach
Enviado por Nadia Rockenbach em 11/01/2011
Reeditado em 20/01/2011
Código do texto: T2723291
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