POEMA CONTRA O EQUILÍBRIO
Tivesse a vida lhe dado - justo! -
a falta de equilíbrio.
Lhe ter delegado tudo isso de bom que me salta aos olhos!
apenas, nada mais...
O equilíbrio de tamanha virtude
teria de se dar dde forma muito drástica...
Não, que bobagem dos deuses!
não sabem o que dizem!
não sabem o que fazem!
De tudo que há de belo e bom
naquela caretice platônica...
Vejo-a assim, meu amor, branca e pura
- juro-me seu, asceta...
No que posso dizer que envolve
em mim a parte que fode e afaga
lhe concedo-me, Jóia, o pulso
Anos de minha vida, ela toda, avulso...
Tusso: esse o mal que me equilibra?
Denuncia-me frequência do espectro
mais tênue, infecto
onda que não vibra...
Abateu-se sobre ti
maldição desnecessária!
que tipo de justiça a faz e mantém!?
ódio tenho desse desgraçado!
quem?!
quem !?
quem?!