SILENCIO MUDO
O dia amanheceu em olhos que não dormiram
sobre a escuridão vasta de um silencio contorcido
no eco de palavras soltas no vento, sem nenhum alento
me banhando nas lágrimas convulsivas de marfim
em meio a névoa que se estende sobre as gotas de nanquim
O olhar no poente perdido...um vazio dito
sentidos camuflados expostos em alegorias de atos decididos
Cortam-me os espinhos, entre as asperezas de um minuto vivido
a dor se fez latente em coração desobediente
que ao voar, caíra num abismo permanente
Sangra-me o íntimo, por um descuido, num sentimento infinito
neste ser que agora cala o grito
de amar um tanto...que castrara o sorriso...
Desencanto de mim...lágrimas que não tem fim
escrevo o que não digo, e se digo não as escrevo
as dores que me tomam por abrigo.