Gostaria da lágrima não ter entornado

Mas a nostalgia me abona o seu jantar
Não posso entender o motivo
Se da beleza fiz o meu santuário.


 
A tristeza me abarrota o guarda-roupa
Já não sei conjugar o terno com a gravata
O que me sangra – É a lâmina desapiedada
Dilacera a alma – Extermina a essência.


 
Navego num oceano indômito
Desviando a escuna do rochedo
Busco no mar aberto – O agente da idolatria
Esta intrigada encosta não me fará nômade
Não pirateio o meu devaneio
Por conhecer o amor- E a dor da saudade.


 
Quero aportar na ilha do encanto
Registrar o meu poema na areia
Delinear o que me dói – E o que me lanceia
Sem precisar esconder a lamuria
Do que faz o coração bater anêmico.



SAM MORENO
Enviado por SAM MORENO em 11/01/2011
Código do texto: T2722971
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