CUMPLICIDADE
Tateio tua voz
que perambula a esmo
no breu nu inconfundível
da alcova.
Ouço a angústia do teu útero ovalado.
A gota dependurada
na ponta do ainda imberbe
galho verde
à espera da desova.
A vida é arte.
Como o teu cheiro.
Bebo a tua honra
na pátena escarlate, crível.
Casca fina, sensível,
que se parte.
PS – Leiam-me mais: vocepensaquejaviutudo.blogspot.com