CUMPLICIDADE

Tateio tua voz

que perambula a esmo

no breu nu inconfundível

da alcova.

Ouço a angústia do teu útero ovalado.

A gota dependurada

na ponta do ainda imberbe

galho verde

à espera da desova.

A vida é arte.

Como o teu cheiro.

Bebo a tua honra

na pátena escarlate, crível.

Casca fina, sensível,

que se parte.

PS – Leiam-me mais: vocepensaquejaviutudo.blogspot.com

Sagüi
Enviado por Sagüi em 11/01/2011
Código do texto: T2722103
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