Noites

Nas noites mal-assombradas

Eu ouço um sino longínquo

Bimbalhando horas tardias:

Duas, três, quatro, cinco

Insones badaladas.

Finjo dez ave-marias

E o escuro da noite

Dói no vento feito açoite.

Já não há fuga na prece,

Nem promessa de perdão.

Se eu rezo mais me aparece

A sombra da assombração.

luca barbabianca
Enviado por luca barbabianca em 11/01/2011
Código do texto: T2721961
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