ROSA NO BAR
Escrevo seu nome
como se o inscrevesse
numa lápide.
Descrevo o destino
como se a mão de Deus
abençoasse apenas
o entorno dessa mesa de bar.
E a música no ar
fosse um coro de anjos.
Nessa hora
quando o samba invoca a oração
do corpo
brinco contigo como se o tempo
perdesse suas asas.
A alegria viaja nas veias
e dança ao sol da noite
rosamada.
A bailarina baila sapatilhas
no giro das lembranças.
E o coro de anjos entoa
alegorias de carnaval.
– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 75. Poema reformado.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2720780