UM VENTO CIGANO

UM VENTO CIGANO

Pode ter sido o vento

Que trouxe o encantamento...

Mas neste exato momento,

A saudade sentiu ternura e

Ficou sem rima...

Então entrei no teu espaço

Permitindo-me invadir tua poesia

Folha por folha, Poema por poema

Amor e dor, pedaços de tudo e de nada.

Imaginei que encontraria

Cinzas de saudades, lembranças,

Desejos, uma festa, uma despedida

Um abraço, um beijo e uma cama vazia.

Mas e a musa? Quem é ela?

Quem faz o coração arder desse jeito?

Que tipo de vulcão é esse que explode dentro do peito?

A cada suspiro... Um lamento!

Não tenho medo de ser vento

Do tipo que me traz pra dentro

Sei que vou chorar

Ao reconhecer que perdi o momento.

Preciso também ser vento calmo

Que balança, que acomoda

Que sem pressa abraça e trama

Desejos com medos, volúpia e tranqüilidade.

No entanto, a música... um violino...

Um certo compasso que de muito longe

Entrega-me lembranças de vida cigana

Movimento, dança... flor, beijo, paixão!

Esse vento quando chega, de nada se importa

Não me deixa pensar, somente.....entrego-me

Mistura paixão e piedade, faz em mim viração

E logo depois, parte...e se vai assim como chegou.

Vento de Outono
Enviado por Vento de Outono em 10/01/2011
Código do texto: T2720058
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