ASTRO NA NOITE ANTIGA

Quando me furto assim

Em caminhos por onde andei

Fico absorta e me perguntando

E... nem sei...

Quando eu me enlevo assim

Sonhando sonhos que já sonhei

Torno a me perguntar

E nada respondo

Porque não sei

Quando revejo cenas

Que contigo imaginei

Quedo-me absorta

E... nem sei...

Quando eu me pego assim

Desarmada

Ouvindo mais uma vez

Tuas palavras

Ah, eu sei que as escutei

E sei?

Quando eu me avisto em teus pensamentos

Uma estrela se reacende

Cadente astro na noite antiga

Eu nem sei...

Quando sinto que te inquietas

E pensas coisas que também pensei

Fico extasiada

E... nem sei...

Quando me lembro do rosto

E do peito arfando

Tenho certeza

Enlouqueci de vez

Disto eu sei

Quando até me convenço

Que eu era a lua

E tu, o astro rei

Até acho graça

Sorrindo sozinha

Digo aos meus fantasmas

É... nem sei...

Quando me ponho ao teu lado

Uma fora da lei

Sinto-me num presídio

Em desatino

E... nem sei

Quando avalio estas bobagens

Que escrevo

E mais que ainda escreverei

Não me resta dúvida

De vergonha morrerei

E ... nem sei...

Quando te imaginar

Lendo estas linhas

No mistério do Cosmos me esconderei

Tu não o sabes

Mas eu sei

taniameneses
Enviado por taniameneses em 10/01/2011
Reeditado em 10/01/2011
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