Vazio

Na beira do edificio

o passarinho desdenha a queda.

Não lhe existe o vazio.

Reina no meu impossível,

reduzindo o quê me pensei

e fazendo o que eu só sonhei.

Desliza caminhos

em espaços só seus.

Passeia sua independência

e cala minha insolência.

Preso ao chão

rastejo multidão.

Longe do Rei,

que um dia me achei