minha gente como eu

Minha gente como eu

Uai sô! Num é que o trem é bão por dimais!

Num é que ser alegre é nascê nas Minas Gerais.

Torcer pro Galo forte,

Sem se importa com os do sul, do nordeste,

Do sudeste e do norte.

Ter a garra e a raça do povo sofrido.

A humildade de saber esperar,

E a certeza de que um dia, quem perdeu vai ganhar.

E quem foi humilhado vai se exaltar.

Uai sô! Num é que o trem é bão por dimais!

Num é que ser artista dos bão, é nascê nas Minas Gerais!

Encantar o mundo inteiro com o Congado,

Com o artesanato, com as poesias, com os versos,

Com as prosas, com a literatura,

Com as esculturas e tudo mais.

Ter orgulho dos Conterrâneos que já se foram,

Mas que antes de partirem,

Encantaram e ajudaram o mundo inteiro.

Uai sô! Num é que o trem é bão por dimais!

Num é que ser religioso de fé, é nascê nas Minas Gerais.

Ter na Arte Sacra Barroca ou Rococó,

As mais belas imagens Santas do mundo inteiro.

Sofrer mas acreditar no Santo Padroeiro.

Respeitar as religiões dos outros,

Mas rezar pra Santo Antônio Casamenteiro.

Participar das quermesses, das festas Santas,

Andar de joelhos em prece.

Mas se o irmão acreditar unicamente no Deus vivo criador,

No Divino Espírito Santo e em seu Filho amado,

Que isso claro, não é pecado!

Uai sô! Num é que o trem é bão por dimais.

Num é que ser solidário dos bão é nascê nas Minas Gerais.

Estender a mão a quem precisa, dar abrigo a quem tem frio,

Dar comida a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede,

Indicar o caminho a quem está perdido,

Levantar os que estão caídos,

Dividir o pouco com quem não tem nada.

Acreditar que quem julga pela aparência,

É condenado pela consciência.

Simplesmente amar aos semelhantes,

Isso na vida é o mais importante!

Uai sô! Num é que o trem é bão por dimais.

Num é que ser feliz dos bão é nascê nas Minas Gerais!