Anjo da rua
Anjo da rua, ferida aberta da sociedade.
O ultimo sopro de desesperança lagrimas,
Contidas que brota ao amanhecer no olhar,
De quem sempre quis apenas um sorriso...
Um pedaço de alimento para matar a fome
Sua única casa um céu de estrelas imagem
Do quadro universal pintado pela realidade
Nua e crua um país a beira do esgotamento
Anjo nas esquinas fazendo da droga sua família.
Crianças traçando seus destinos em dia de chuva.
Aonde o sono não chega porque os pés molhados.
Demonstra sua falta de sorte, em um planeta de solidão
Marginais do amanhã ladrão por opção, reinventado
Um mundo seu deixando fora todos os bons sentimento.
Mãos, suja de sangue livro que ninguém quer um dia entender
Podridão exporta,nos olhos que a felicidade que nunca vai ver.
Obrigado Miguel por tão perfeita interação beijos moço.
Não há vagas para todos no aconchego,
Não há culpas nem também o azarado,
As vertentes vão surgindo no enredo,
E os homens vão ficando mal-fadados.
Cada ser traz consigo uma comenda,
Coroada no seu cordão umbilical,
As demandas podem ser ditas horrendas,
Mas as buscas se alongam até o final.
Ao olharmos causa-nos má impressão,
E sugere-nos abandono desleixado,
Mas aos poucos vemos a contradição,
E o infortúnio se contempla ampliado.
É possível amenizar imensas dores,
Improvável assumir suas demandas,
Quem nasceu para viver ausência plena,
Não concerne levar uma vida mais humana.