Persistentes sobreviventes
Seres tristes, lamentáveis
Com suas existências miseráveis
Que se abraçam a desgraça
Por serem só por ela amada
Olho para o céu e pergunto:
"Por acaso esquecestes deste mundo?"
Mas a pergunta que mesmo me consome
É de como acreditar neste ser de mil nomes
Mas a alegria é partilhada
A todos os seres desta pátria
Porque a alegria de quem tem fome
Se explode em emoção quando o mesmo come
E que ela é incondicional
E pousa na vida de todo o animal
Antes sobreviver por pura lei genética
Que entregar-se a morte em pura inércia.