VELEIROS
– Para José H. C. Ortega
Os olhos da cidade
reluzem reflexos no rio.
Nele dorme a inquietação das águas.
Na paisagem noturna
veleiros velam por nós
com seus mastros em cruz.
Soturnos velames vigiam o vento
vozes viageiras adejam
no vôo dos pássaros de arribação.
Neles, paisagens do ir e vir
traduzem nossos passos.
E o vento nunca partilha as esperas...
– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 73. Poema reformado.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2715693