Sei do meu jeito estoico

Sei do meu jeito estóico

Visão de quem não me conhece

Esse ar austero e distante

É coisa de quem não tem

Os pés assentes no chão

E é o que não parece

Cada pessoa é um mundo

O meu é um turbilhão

Se aparento serenidade

Em abono da verdade

Sou toda desassossego

O médico não me entende

A última vez que lá fui

(verdade, já nem me lembro)

Olhou para mim e sorriu

E como quem não quer a coisa

Para descargo de consciência

Puxou do receituário

E prescreveu-me "Placebos"

Agora, sou eu que me rio dele

Cada poema que escrevo

É mais do que uma terapia

Medicação que me dê

Está destinada à pia!

Fana
Enviado por Fana em 07/01/2011
Código do texto: T2715529
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