LUZ INTERIOR
Enquanto insistires em pisar na mesma grama,
construindo novas casas entre os mesmos velhos arbustos;
enquanto vires à frente dos teus olhos a mesma paisagem
da mesma tela,
o mesmo mar,
o mesmo rio,
a mesma via,
nem mesmo a Poesia, acredite,
será capaz de cobrir esse buraco fundo onde dormes,
e nem toda a felicidade do mundo,
(que ainda há de sobra)
será capaz de te fazer feliz.
Então, digo-te, homem,
acorda, e deixa de teimosia.
Não há luz no fim do túnel.
Luz, não há outra,
senão aquela que todo o tempo
(displicentemente)
apagas,
dentro de ti.
Enquanto insistires em pisar na mesma grama,
construindo novas casas entre os mesmos velhos arbustos;
enquanto vires à frente dos teus olhos a mesma paisagem
da mesma tela,
o mesmo mar,
o mesmo rio,
a mesma via,
nem mesmo a Poesia, acredite,
será capaz de cobrir esse buraco fundo onde dormes,
e nem toda a felicidade do mundo,
(que ainda há de sobra)
será capaz de te fazer feliz.
Então, digo-te, homem,
acorda, e deixa de teimosia.
Não há luz no fim do túnel.
Luz, não há outra,
senão aquela que todo o tempo
(displicentemente)
apagas,
dentro de ti.