Te amo
Te amo.
Mesmo no silêncio incomplacente
Onde quase nada abraça a vida.
Ai onde margeiam felicidade
Alcançando pedaços de mim.
Breve que seja insônia
Zomba por ser assim
As curvas que desmaiam
Antes do seu fim.
Mas eis que vento alinha chão
Na vazante da emoção
Sem saber se teu olhar
Ainda alcança minha solidão.
Adormeces nômades segredos
Que sei recolhes toda manhã
Vestindo o sentido
Que tem da existência.
Lívidas algemas de nossa história
Negando fulgor da espera
Numa eterna insistência
Ainda vigiam memórias
Essas incoerências.