DO ANONIMATO

Não me fascinaram as luzes da ribalta

Nem foi a fama total busca incessante

Antes resguardei-me a mente alta

Que previne a falta ao confiante

Fiz da escolha modesta e tão simplória

Ante o foco dos flashes e holofotes

Fui traçando com rima minha história

Com versos rimados fiz os motes

Preferi as fazendas e currais

O mungido do gado na invernada

O amanhecer dos galos nos quintais

E o entardecer das conversas na calçada

Quando dei por mim tinha encenado

No teatro da vida fiz meu recital

E depois de muito ter representado

Ficar no anonimato é bem normal.

Dalvalene Santos/2011

Dalvalene Poetisa
Enviado por Dalvalene Poetisa em 07/01/2011
Código do texto: T2714336