DO ANONIMATO
Não me fascinaram as luzes da ribalta
Nem foi a fama total busca incessante
Antes resguardei-me a mente alta
Que previne a falta ao confiante
Fiz da escolha modesta e tão simplória
Ante o foco dos flashes e holofotes
Fui traçando com rima minha história
Com versos rimados fiz os motes
Preferi as fazendas e currais
O mungido do gado na invernada
O amanhecer dos galos nos quintais
E o entardecer das conversas na calçada
Quando dei por mim tinha encenado
No teatro da vida fiz meu recital
E depois de muito ter representado
Ficar no anonimato é bem normal.
Dalvalene Santos/2011