Vozes...

As palavras... Tantas e em diversas fases...
Morro em pedaços arrancados de nossos dedos... Rasga-se a carne... Solta-se a vontade ao relevo.
Passarelas eu estava em cada uma delas...
Palavras "são sombras... Viram jogos"... Titãs enlace.
São ditas... Ditos e recolhidos caminhos...
Quem saboreará as palavras da boca?... Tantas salivas.
Reviver versos...Esquecer palavras...
É tão vã a luta... Exasperada, digo... Parafraseando o Poeta:  "Palavras!".
Um espaço em branco estre as pontas das palavras... Ligações que derrubam os homônimos...
Poder-se-ia... Uma ou mais palavras?
Palavras pequenas... Palavras ao vento...
Morre-se amanhã... Ninguém sabia?!
E as gotas de veneno lambem a própria face... A lei do retornar à base.
Cuspir palavras enriquece o vazio... Um vaso ambíguo e tantos enigmas tentados.
As palavras moldam o círculo falho... Vozes ativas... Passivos atos.
E o tempo passa depressa... Eu voo e morro... E quem fica é a Arte!
Agarrem-se aos seus "eus"... Desligo-me de tudo que garante a unidade.
As palavras são gestos e manifestações da junção do querer e do saber onde se guarda o risco finito do "sim".
Ah! Mas já chega de tantos gritos e urros conhecidos... Nada se vence na vida... Nem um repente precisa de "fim".
Palavras... "Apenas... Palavras pequenas". Escrevi  uma linha... A alma entre os significados e o significante... A palavra diz... Quem mente é a gente ou implora que a palavra seja mais do que escrita e som.

21:13


Nadia Rockenbach
Enviado por Nadia Rockenbach em 06/01/2011
Reeditado em 20/01/2011
Código do texto: T2713668
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