A SOLIDÃO É UM SINO
O sentir dorme nos olhos,
silhueta prometida.
A saudade vacila
num profano momento.
Coração
que não posso ver-te
bate-que-bate.
Ao despertar dolente da Matriz
– esplendorosa –
a cidade acorda.
Dentro de mim
– num reinado de silêncios –
os arcanjos da espera.
Até os gnomos
fugiram dos jardins
da praça dos encontros.
Tudo no mesmo lugar...
– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 65. Poema reformulado. O título, na publicação original, era “SOLITUDE”.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2713373