PRELÚDIO À TERCEIRA CERVEJA (e ao sono que não vem)
Bem sei que a vida é feita de perdas.
O coração
ladra como um cão faminto.
Afinal, gatos rondam os telhados
e não à cata de ratos.
Amam suas fêmeas entre gritos
e mordidas no cangote.
Jamais resistir à felicidade,
roupa estendida nos varais.
A dor da espera é a única perda
que não amo.
Aquela que uiva,
lobo dentro da gente!
– Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: Universidade Federal, 2000, p. 64. Poema revisado.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2713188