Vagina Dentata
Lança-te ás pedras e sente despedaçar este invólucro puído,
repousa teu fardo em pontiagudas rochas, inerme,
Aceita dos vis o vaticínio: Verme!
E jaze nas profundezas do azul, agora lar e jazigo.
Descem aos infernos os lamentos e outrora sufocados prantos,
Verte todo o sangue,então, ó massa disforme,
Vê como repousas, dorme,
Holocausto vivo no monte santo.
Hostes de Íncubos e Súcubos,
Celebram aquela que te sorveu a vida,
Vagina Dentata!
Contempla as dores e seus algozes múltiplos,
Sacie eternamente tua alma dorida,
O lembrar-se daquela que sempre te mata.