Solidão

Alvoraça o vento,

bate frenético

às bordas

do balcão dos vazios,

nas escadas dos falidos,

nas mesas arrendadas

pela solidão.

Sou sempre meia-noite,

é quando o corpo gargala,

no imenso bar

das mulheres arranhadas

pelo tempo.

José Kappel
Enviado por José Kappel em 23/10/2006
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