Emotivas – II

A noite vadia, a espera de um bom sorriso,

Olhar maroto, sim a noite era de promessa,

Qual seria o desfile então reservado?

Tantos fantasmas rondando pelos cantos,

Deidades desnudadas afligem a paciência,

Corre um fervor entre pêlos & peles,

Ao pé do atro braseiro de todos os encantos,

Malditos circulam por fora do largo muro,

A voz suave da noite conspira & trama,

Um vento gelado provoca aproximações,

Fogueiras crepitam nas lareiras,

Por toda volta com larga cobertura,

Depois das libações, músicas & danças,

Lauta mesa em iguarias para o deguste,

Rendas esvoaçantes, outras calmarias,

Daquele que de fora ficam, salivam,

Borras sanguinolentas pelas asas,

Na fúria invejosa entre fartas teias,

Cá, os estalidos de suaves beijos,

O enternecer do corpo & da alma,

Como um éden sobre todo o inferno!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 23/10/2006
Reeditado em 24/10/2006
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