Emotivas – II
A noite vadia, a espera de um bom sorriso,
Olhar maroto, sim a noite era de promessa,
Qual seria o desfile então reservado?
Tantos fantasmas rondando pelos cantos,
Deidades desnudadas afligem a paciência,
Corre um fervor entre pêlos & peles,
Ao pé do atro braseiro de todos os encantos,
Malditos circulam por fora do largo muro,
A voz suave da noite conspira & trama,
Um vento gelado provoca aproximações,
Fogueiras crepitam nas lareiras,
Por toda volta com larga cobertura,
Depois das libações, músicas & danças,
Lauta mesa em iguarias para o deguste,
Rendas esvoaçantes, outras calmarias,
Daquele que de fora ficam, salivam,
Borras sanguinolentas pelas asas,
Na fúria invejosa entre fartas teias,
Cá, os estalidos de suaves beijos,
O enternecer do corpo & da alma,
Como um éden sobre todo o inferno!
Peixão89