Coração partido
Eu conto histórias para ouvidos cansados,
na noite que chega sem pedir permissão,
e vai embora tão rápida quanto a vida.
E elas vão se escorregando pela cidade,
invadem casas de família,
atravessam becos viciados,
até vir darem na praia.
Onde eu, pasmado ainda com a insolência da natureza,
tento entender por quê não fiquei com minha crença de menino, que achava que o sol era uma lâmpada grande,
o céu um cobertor azul e os homens,
o que eu queria ser quando crescesse.