Relato


Estávamos lá... Nós?... Eles?... Os corpos celestes... Já não sei.
Perguntam ao grito "O que queres conosco?"... Sem zelo... Sem dó.
À loucura, implanto a calma... Calo e manso respirar das tuas notas em meus ouvidos.
"Por que tanta pressa de chegar"... A canção dita a forma... As formas de lamber a vida.
Posso corresponder ao mundo fardo... Posso alimentar-me com o meu próprio mel.
Serena, encontro a outra face... Os meus moldes de colher na tua boca os sentidos mais loucos.
"Estou com fome!"...
Alimentamos, então, a mente e o coração...
Livros e livros... E descubro as pestanas com um sorriso... Lindo!
Amáveis e decoradas peças de porcelana... Algumas gotas... Um chá, na varanda... Os lençóis ainda amassados... E a mente a saborear o teu beijo...
Vento que arranca o engano... Traz-me as mãos seletas... E os pés no chão.
Andei, pelas esquinas de mim... Molhei o corpo na minha dança... Breve relato das minhas tranças.
Ventos e velas... Sopro de Amor, em um grito... Suspiro e Arte!

13:38

(A Chave)