FRAGILIDADE
Procuro-me completa
Não me encontro
Só os pedaços
Caquinhos de vidro
As vezes coloridos
As cores do sol
As vezes pálidos
Como a timidez da lua.
Procuro-me completa
Não me encontro
Só os enígmas aprisionados
Ao concreto das paredes do que sou
O que há de concreto
Na água da chuva
Escorrendo pelo rosto?
Em silêncio
Tateio o corpo
Por debaixo da pele
Estranha sensação
De fragidade
Barco a deriva
Ao sabor dos ventos
Que de vez eu quando
Me acariciam
Com asas de borboletas.
E eu vou me esvaindo
Em milhares de palavras
Buscando respostas.
Quero desvendar
O mistério de mim.