sózinha no deserto dessa noite
estrela da manhã desponta,
parece no céu ter sirene
o vento voa de ponta a ponta...
mas, aqui dentro , no fundo de mim mesma
nunca pensei que eu acabasse...
ah, quem pode não sentir o peso do tempo,
e que bom saber que ele está entre nós...
e no compasso da vida
cada dia mais tempo trás...?
vem do céu livre, o sereno
um braço . um berço , um pensamento
um guardar , um pássaro alquebrado
no peito um vagar, longo momento
mas,... nada mais me abala
na solidão da sala
no futuro á frente
o vento adentra minha espera
a estrela chega nessa esfera do abajour
porque... nunca perdi a esperança
nada é não, nem sim é sim,
a vida é assim,noites são fortes enigmas
são para livros, são para lembranças ?
cada dia que passa algo me apavora
mais.. não desando porta afora,
apenas observo o tempo,
o homem sempre busca alto,em
qualquer estrada há alguém... então
dorme meu amor
dorme, nessa noite isenta , ausente
no berço , no braço da mãe
nesses meus braços já meio tortos,
te embalo na mente...
há um futuro á frente,
e na estrela ausente é que te encontro
e na luz neon do abajour antigo
estarás aqui , estarei contigo,
ao cair da noite , ao unir ao dia
não podemos renegar os fatos
de responder enigmas em versos
e estar presentes em nossos próprios atos !!...

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 05/01/2011
Reeditado em 19/04/2013
Código do texto: T2709987
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