ATALHOS INVISÍVEIS
Desabotoo os dias,
Dispo as vestes da vontade,
Fico nua na minha alma!
Penduro-te nos cabelos estrelas de luz,
Cubro-te o peito de prefácios de prazer
Desencontro-me de ti nos atalhos invisíveis!
Numa cadência inventada,
Num pensamento asfixiado,
Num vazio em que espero um milagre.
Refresco-te a carne do sonho
E faço voar as tuas asas presas à razão...
Ajusto-me à eternidade,
Abraço-te no fim das horas,
Conto-te os segundos em que não existo!