no meio do horizonte
sonhos são detidos
há sempre um rosto á espera
há sempre um corpo perdido
guardando tantos segredos
vivendo dores sortidas
rasgando almas e medos
juntando sonhos perdidos...
no meio do horizonte
joelhos prostrados vencidos
lágrimas transformadas
olhos despedidos...
mãos acenando adeus
rogando á DEUS um sentido
deixando atrás indomadas
saudades do tempo corrido
no meio do horizonte
deslancham vidas e vida
entre o sol e o amanhecer
regressam almas sumidas...
juntando-se á memórias
declamando histórias
esquecendo de viver
enterra-se o tempo e o ciclo
os anos , sonhos e mitos
que deixamos de ter...
vivemos correndo
sonhamos pequeno
morremos ''sem querer''
e no meio do horizonte
refletem imagens gigantes
do que nunca pudemos ser
sim no meio do horizonte
onde sonhos são detidos
há sempre um um peito á espera
há sempre um peito perdido
e braços aguardam abraços
no vasto horizonte esquecido