Madrugada Infinita


Prendo-te no fio de seda em laço
que estendo nas asas da saudade
Roças-me o ventre com a língua do pensamento
a perpetuar o sentimento além do tempo

Acaricias-me em conquistas mágicas
De encantamento e perdição...
Enlaçadas na luz dos teus dedos
descendo a colina dos meus seios

No silêncio do quarto nu
Ouve-se o eco dos sons
Arrepia as minhas pétalas
A pele de flor singela...

Numa madrugada infinita
De prazeres não proibidos
Degustas-me impregnada de ti...
No canteiro que mais cuidas!

E, na solidão das minhas coxas,
Entras em mim
Colho-te os lábios
Roubo-te a saliva, o suor e o sémen...


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 04/01/2011
Código do texto: T2708072
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