Madrugada Infinita
Prendo-te no fio de seda em laço
que estendo nas asas da saudade
Roças-me o ventre com a língua do pensamento
a perpetuar o sentimento além do tempo
Acaricias-me em conquistas mágicas
De encantamento e perdição...
Enlaçadas na luz dos teus dedos
descendo a colina dos meus seios
No silêncio do quarto nu
Ouve-se o eco dos sons
Arrepia as minhas pétalas
A pele de flor singela...
Numa madrugada infinita
De prazeres não proibidos
Degustas-me impregnada de ti...
No canteiro que mais cuidas!
E, na solidão das minhas coxas,
Entras em mim
Colho-te os lábios
Roubo-te a saliva, o suor e o sémen...