A CHUVA

Chove chuva
Chove devagar
Horas a fio
Escuto teu pingar
Na mesma cadência
Sempre a cantar
Ouço a melodia
A me encantar
Que me embala
Com harmonia e som
Desde a madrugada
Ele está a molhar
Sem nenhuma pressa
De se retirar
Já é manhã
Preciso levantar
Lá fora a vida
Está a me esperar
Olho pela janela
Vejo o céu nublado
Não vejo o sol
O tempo tá mudado
Tudo é nostálgico
Sinto a saudade
Dos tempos idos
Dos entes queridos
E bem lá no fundo
Do meu coração
Renasce a esperança
De tempos melhores
A chuva molha
O chão ressequido
Pelo sol causticante
E refresca o calor
O meu Brejo santo
Fica a sorrir
E a serra grita
É a chuva do pequi
O cajueiro fica agradecido
Pois está todo florido
A manhã abençoada
Agradece a Deus
Pele misericórdia
Que tem aos filhos seus
Levanto da rede
Para ir coar
O café cheiroso
Para com a família
Em seguida tomar
A chuva parou
E lá no nascente
O belo sol raiou
Surgiu a luz
Muito brilhante
É o convite
Para irmos adiante.



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