(in)Finito

Ontem a noite te guardei no meu armário de mágoas

e as coisas que me dissestes ainda estão guardadas

em alguma gaveta muito em breve mofada

junto com os sonhos que larguei pelo caminho

junto com os meus planos que pensei serem destino

junto com a paz há muito tempo abandonada.

Esta noite não soube mais dormir

Certas coisas eu desaprendi

como gostar de ver o sol nascer,

como pensar em tudo antes de adormecer,

como plantar botões de lírios em nós,

Regar as promessas que fizemos a sós.

Hoje só me encontro em promessas sem sentido

tentando realizar meu sentimento distorcido

e aquela esperança de te abraçar novamente

cria o momento(pasme eu!)mais descontente

de saber que tudo que eu havia sonhado

cada parte de ti que eu tinha desenhado

cada momento futuro que havia desejado

agora fazem parte de um ignóbil passado

E o que me mata não é ter deixado tudo,

não foi você que destruiu meu mundo!

Foi meu egoísmo falando alto novamente,

foi entregar a essência em um momento passageiro,

foi doar o que eu tinha de melhor por inteiro,

e ver em uma fração tudo extrair-se de mim,

como um infinito que um dia chega ao fim.

Saah Tavares
Enviado por Saah Tavares em 03/01/2011
Reeditado em 03/01/2011
Código do texto: T2706050
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