(in)Finito
Ontem a noite te guardei no meu armário de mágoas
e as coisas que me dissestes ainda estão guardadas
em alguma gaveta muito em breve mofada
junto com os sonhos que larguei pelo caminho
junto com os meus planos que pensei serem destino
junto com a paz há muito tempo abandonada.
Esta noite não soube mais dormir
Certas coisas eu desaprendi
como gostar de ver o sol nascer,
como pensar em tudo antes de adormecer,
como plantar botões de lírios em nós,
Regar as promessas que fizemos a sós.
Hoje só me encontro em promessas sem sentido
tentando realizar meu sentimento distorcido
e aquela esperança de te abraçar novamente
cria o momento(pasme eu!)mais descontente
de saber que tudo que eu havia sonhado
cada parte de ti que eu tinha desenhado
cada momento futuro que havia desejado
agora fazem parte de um ignóbil passado
E o que me mata não é ter deixado tudo,
não foi você que destruiu meu mundo!
Foi meu egoísmo falando alto novamente,
foi entregar a essência em um momento passageiro,
foi doar o que eu tinha de melhor por inteiro,
e ver em uma fração tudo extrair-se de mim,
como um infinito que um dia chega ao fim.