ASAS DE CONDOR

São amplas e fortes as tuas asas

Tão fortes como a minha própria ânsia

De, ao teu belíssimo vôo, assemelhar-me

E poder, na altitude, voltear

Levando o corpo, este emprestado corpo.

Acentuadas são as minhas ânsias

Da pura liberdade o gozo

Desprender-me dos castigos do dever

Do ficar, agora, o corpo aqui

Para, juntos, o céu ganharmos.

São gritantes os impulsos de minha alma

Da renúncia capaz, deleitar-me

E libertar-me, qual asas em demanda.

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Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 48.

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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 03/01/2011
Reeditado em 25/09/2012
Código do texto: T2705941
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