ASAS DE CONDOR
São amplas e fortes as tuas asas
Tão fortes como a minha própria ânsia
De, ao teu belíssimo vôo, assemelhar-me
E poder, na altitude, voltear
Levando o corpo, este emprestado corpo.
Acentuadas são as minhas ânsias
Da pura liberdade o gozo
Desprender-me dos castigos do dever
Do ficar, agora, o corpo aqui
Para, juntos, o céu ganharmos.
São gritantes os impulsos de minha alma
Da renúncia capaz, deleitar-me
E libertar-me, qual asas em demanda.
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Do livro “Caminhos Ainda”, Edição da autora / APL – Academia Piauiense de Letras, Teresina, 1991, página 48.
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