Janela do Quarto na Primeira Poesia

Ao abrir a janela do quarto,

recomeço da nova caminhada.

Eis que tudo se fez novo!

Por que me abraças somente neste dia?

É o início de um novo diário

incessante.

O primeiro dia da vida.

Passo a passo vou te encontrar.

Saltar de bungee jump

dentro do sonho.

O primeiro tijolo da construção.

Não o do velho casebre de ontem,

que foi demolido,

o intato,

ao passo que no último dia

será castelo.

Dia a dia vou buscar,

assim como respiro,

não como desferindo golpes no ar,

cada momento,

oportunidade.

Sem deixar de cumprimentar

meu colega de profissão,

o de longa viagem,

o que vive do meu lado.

A distância vai levar a vida inteira,

mas estás vivo,

não se deixa a construção pela metade,

onde irás se abrigar?

Fecha a janela do quarto,

está frio.

Já no dia seguinte,

não posso trabalhar hoje.

Esqueceste o sol de antes?

O guarda-chuva é o acompanhante

nesta dança.

Cantando na chuva,

respirando na chuva.

É ela que rega a semente.

É ela que mata a sede.

É ela a experiência,

a paciência.

Primeira poesia.

Cada uma é única.

Cada dia é único.

O último,

o primeiro.

01/01/2011

Diego L Macedo
Enviado por Diego L Macedo em 02/01/2011
Reeditado em 10/05/2020
Código do texto: T2704427
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