Janela do Quarto na Primeira Poesia
Ao abrir a janela do quarto,
recomeço da nova caminhada.
Eis que tudo se fez novo!
Por que me abraças somente neste dia?
É o início de um novo diário
incessante.
O primeiro dia da vida.
Passo a passo vou te encontrar.
Saltar de bungee jump
dentro do sonho.
O primeiro tijolo da construção.
Não o do velho casebre de ontem,
que foi demolido,
o intato,
ao passo que no último dia
será castelo.
Dia a dia vou buscar,
assim como respiro,
não como desferindo golpes no ar,
cada momento,
oportunidade.
Sem deixar de cumprimentar
meu colega de profissão,
o de longa viagem,
o que vive do meu lado.
A distância vai levar a vida inteira,
mas estás vivo,
não se deixa a construção pela metade,
onde irás se abrigar?
Fecha a janela do quarto,
está frio.
Já no dia seguinte,
não posso trabalhar hoje.
Esqueceste o sol de antes?
O guarda-chuva é o acompanhante
nesta dança.
Cantando na chuva,
respirando na chuva.
É ela que rega a semente.
É ela que mata a sede.
É ela a experiência,
a paciência.
Primeira poesia.
Cada uma é única.
Cada dia é único.
O último,
o primeiro.
01/01/2011